Babywearing: o que é e quais as vantagens?

Babywearing: o que é?

O babywearing é um conceito relacionado com a forma de transportar o bebé ao colo. Através de marsúpios, wraps, porta-bebés, slings, ou mochilas, é possível transportar o bebé ao colo, ao mesmo tempo que libertamos os braços para outras atividades.

“Babywearing é a prática de carregar um bebé ao colo, garantindo um contato contínuo entre o bebê (na posição vertical) e o adulto, permitindo que o usuário fique com as duas mãos livres.” ( Jenik & Grad, 2022)

O babywearing tem vindo a ganhar imenso destaque devido à sua funcionalidade e praticidade. Através do babywearing é possível passear com menos limitações e mais acessibilidade, dependendo menos de elevadores e de pavimentos irregulares ou estreitos (onde por vezes os carrinhos de bebé não circulam com facilidade).

Marsúpios, Babywearing e Porta-bebés

Quais os benefícios do babywearing?

Babywearing e o apêgo

O babywearing permite que haja uma ligação física entre o cuidador e o bebé, podendo aumentar o apego entre os pais e os bebés, diminuir o choro e/ou promover o desenvolvimento dos bebés.

“O apego representa um vínculo profundo e muito pessoal entre o bebé e sua mãe ou cuidador adulto, permitindo assim que o bebé atenda às suas necessidades, alivie a sua ansiedade e se sinta emocionalmente seguro”. ( Jenik & Grad, 2022)

As grandes vantagens do babywearing parecem estar assentes nos benefícios do contacto físico entre os bebés e os seus cuidadores, uma vez que “Quando os bebés estão junto dos seus cuidadores, sentem-se mais seguros, mais apoiados e como tal, mais calmos”. (Martins, s.d.).

A Pediatra Joana Martins acrescenta que “o babywearing tem um papel na modulação neurobiológica do bebé, favorecendo o desenvolvimento da vinculação, bem como dos mecanismos de auto-regulação do bebé”.

 

Babywearing e a diminuição do choro

Em muitos países ocidentais têm surgido filosofias de parentalidade natural, positiva e consciente, o que leva muitos pais, sensibilizados para o tema, a procurar técnicas para uma educação baseada na proximidade e respeito mútuo. Dentro do tema, estão questões como a amamentação prolongada e altos níveis de contacto físico.

De facto, o contacto físico parece ter uma relação positiva com a diminuição do choro e a amamentação. Pais com filosofias parentais de cuidados próximos têm bebés que choram menos e amamentam durante mais tempo. (James-Roberts , et al., 2006).

O babywearing é assim aconselhado não só como uma resposta ao choro, como também para evitar o choro e promover o apego e desenvolvimento dos bebés. (Baby-Wearing, 2021)

 

Babywearing e a amamentação

O contacto físico entre a mãe e o bebé tem uma relação positiva com a produção de oxitocina. Esta hormona é a principal responsável pela produção de leite materno. Assim, quando maior for a proximidade entre mãe-bebé, maior será o nível de  oxitocina produzida e maior será a produção de leite materno. (Martins, s.d.)

As práticas parentais assentes no contacto físico mãe-bebé, podem ajudar a potenciar a capacidade de resposta materna aos primeiros sinais de fome, o que poderá contribuir para um maior sucesso na amamentação. (James-Roberts , et al., 2006)

 

Babywearing e a doença congénita da anca (DCA)

Tem-se observado que em sociedades onde a prática de babywearing é muito comum, a incidência de DCA é baixa. Contudo, não está provado que esta causa-efeito esteja relacionada.

Se o bebé estiver bem posicionado no porta-bebés, pode ser uma estratégia ao complementar seguimento ortopédico: “Idealmente, num porta-bebés, o bebé deverá ficar na posição de jockey, em que a anca e os membros inferiores desenham um M. Esta posição é bastante advogada para a terapêutica da doença congénita da anca (DCA)” (Martins, s.d.).

 

Babywearing sim ou não?

Podemos dizer que o babywearing é uma prática com inúmeras vantagens no que diz respeito ao vínculo entre pais e bebés e que os seus maiores benefícios estão assentes na proximidade física que permite.

“Há benefícios hipotéticos que vêm da lógica da proximidade – maior vinculação, maior facilidade na amamentação, redução do choro do bebé – e do posicionamento do bebé – em relação à posição da anca”. (Martins, s.d.)

Estar fisicamente mais perto dos bebés poderá aumentar a capacidade de responder de forma instantânea às suas necessidades, potenciando a amamentação e reduzindo o choro.

Os bebés, ao conseguir autorregularem-se melhor, choram menos e sentem-se mais protegidos.

“Tendo em conta este papel de consolo e redução do choro do bebé, a estratégia do babywearing surge muitas vezes recomendada para os bebés mais irritáveis, podendo constituir uma fonte de alívio para os pais e/ou cuidadores.” (Martins, s.d.)

 

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Bibliografia

Jenik, A., & Grad, E. (Fevereiro de 2022). Arch Argent Pediatr 2021;119(1):6-9. Babywearing practice and unnoticed danger, pp. 8-9.

Baby-Wearing. (16 de 7 de 2021). Obtido de Healthy Children: https://www.healthychildren.org

James-Roberts , I., Alvarez, M., Csipke, E., Abramsky, T., Goodwin, J., & Sorgenfrei, E. (01 de 06 de 2006). Pediatrics. Infant Crying and Sleeping in London, Copenhagen and When Parents Adopt a “Proximal” Form of Care .

Martins, J. (s.d.). O que escolher: Babywearing? Slings? Meh Dais? Marsúpios? Mochilas? Obtido de Sapo Lifestyle: https://lifestyle.sapo.pt/familia/bebe/artigos/o-que-escolher-babywearing-slings-meh-dais-marsupios-mochilas

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